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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

''Leonardo Brício'' usa "Chamas da Vida", para fugir do mocinho chato

O bombeiro Pedro, de Chamas da Vida, não é o primeiro protagonista do currículo de Leonardo Brício. Mas, sem dúvidas, é o mais fácil para ser humanizado e fugir do rótulo de chato que assusta alguns atores nesse posto.
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Como o personagem é bombeiro na novela de Cristianne Fridman, o ator aproveita os atos heróicos que grava em cena para tirar o peso da responsabilidade de ser o centro da trama principal da história.
"É diferente quando o heroísmo do papel não está ligado apenas à disputa pelo amor da mocinha", garante.
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Nem mesmo a diferença de aproximadamente 15 anos de idade entre o personagem e seu intérprete atrapalha Leonardo, que completou 45. Para parecer mais jovem no vídeo, o ator utiliza um tom de voz mais agudo e um comportamento que classifica como mais "alegre".
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"Tento fazer o Pedro com mais leveza e frescor que meu último trabalho na tevê, em 'Luz do Sol'", explica ele, que encarnou na época o rude Agenor, pai da protagonista Rosa, de Luma Costa.
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O Pedro, de Chamas da Vida, é um mocinho que, além da disputa pela protagonista, ainda tem função de pai dos irmãos mais novos, já que os quatro são órfãos. É difícil trabalhar um personagem que pode ser encarado como chato no ar?
Assim que recebi os primeiros capítulos, imaginei que isso poderia acontecer justamente nos conflitos familiares. A novela falaria de pedofilia e de drogas sintéticas e os dois assuntos estavam diretamente ligados ao meu núcleo. A principal função do Pedro na casa é cuidar dos irmãos, protegê-los e educá-los. Tentei construir essa relação de uma forma mais leve, brincalhona, sem aquele peso da responsabilidade "paterna". Acho que vem funcionando. E o Pedro tem outras características que ajudam a tirá-lo desse marasmo dos mocinhos.
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As cenas de ação dele como bombeiro servem como instrumento para isso?
Sim. Já interpretei outros heróis românticos, mas é completamente diferente quando o mocinho é um herói de fato. O Pedro não é só aquele que luta pelo amor da mocinha e para acabar com os vilões, ele salva dezenas de vidas em incêndios. Além disso, a Record vem tendo uma receptividade muito positiva com as cenas de ação. Claro que funciona como um trunfo para mim.
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Esse é um dos motivos para essas seqüências ganharem cada vez mais espaço?
Atualmente a novela conta com mais cenas de ação do que após as primeiras semanas da estréia... Começamos gravando muitas e depois paramos. Concentramos mais em estúdio. Só que em nossas pesquisas manifestou-se um interesse grande por essas seqüências e a equipe voltou a trabalhar forte em cima disso. Para o elenco é excelente, porque já estamos craques no treinamento para bombeiros e os resultados são mesmo melhores quando rolam os incêndios.
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Como foi esse treinamento?
Passamos umas duas semanas direto no quartel central do Rio de Janeiro. Em relação à parte física, o que mais trabalhamos foi o rapel mesmo. Mas aprendemos como utilizar a mangueira, lidar com a pressão da água, tivemos lições de primeiros-socorros e fizemos alguns exercícios para criar uma aproximação com o fogo. Observamos muito o dia-a-dia dos bombeiros. Hoje em dia já estamos feras e contamos com profissionais nos orientando em todas as cenas.
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Como é essa orientação atualmente?
Em algumas cenas temos entre 10 e 15 bombeiros reais fazendo figuração. Em externas de ação, esses números até aumentam. Com isso fica mais fácil porque eles estão sempre nos ensinando algo novo, como vocabulário, comportamento, procedimentos de resgate, essas coisas.
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O Pedro tem por volta de 30 anos e, você, 45. É difícil interpretar um cara tão novo?
Demanda algum esforço, mas não é complicado. Estou sem malhar há algum tempo, então meu rosto afinou e eu emagreci. Isso já ajuda na caracterização. E eu tento marcar muito na voz e no comportamento. Em Luz do Sol fiz um cara da minha idade ou até mais velho, o Agenor. A voz dele era soturna, grave, e ele tinha um ar pesado. O Pedro é o oposto. Construí um cara alegre, com uma voz aguda e mais ágil. Acho que essas coisas marcam uma certa jovialidade nele. O bom é que, com quase 50 anos, posso fazer um trintão ou um cinqüentão numa boa.
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Como são as manifestações nas ruas em relação a esse personagem? O assédio é diferente pelo Pedro ser um bombeiro?
Claro que isso mexe com o imaginário de algumas pessoas. Mas sou muito caseiro, não enfrento tanto esse tipo de situação. É divertido, nada que chegue a ofender ou que seja mais ousado. Vejo mais na portaria, no posto de gasolina, nesses lugares que não tem como deixar de ir. Normalmente já sou uma figura quieta. Quando estou trabalhando então, é muito difícil me encontrar na rua. Se as cenas de sexo do Pedro tivessem continuado, talvez fosse maior.
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Por que essas seqüências de sexo diminuíram?
Acho que foi um processo natural. Não sei explicar o que aconteceu, mas não teve nada a ver com desconforto. Lido bem com isso, já "paguei bundinha" em A Muralha e fiz algumas cenas ousadas em Da Cor do Pecado, que era às sete da noite, na Globo. Quando fiz Meu Bem Querer, participei de uma cena de banho completamente nu. Só não apareceu tudo porque tinha uma gaveta no plano. Vim do teatro, não tenho problemas com isso. O fato da novela ter estreado às 22 horas e não mais cedo, como estava previsto, deu espaço para outros conflitos.
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Como você recebeu essa mudança de horário?
Em relação ao trabalho, não mudou muito. Só a pegada das cenas mais ousadas e a forma como alguns temas seriam tratados é que ficou mais forte. No final, para a gente, foi melhor. É muito difícil concorrer com a novela das nove da Globo.
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Mas Pantanal tirou alguns pontos de Chamas da Vida...
É. Fui pego completamente de surpresa por Pantanal. Não há como negar que a novela é muito boa, mas ninguém esperava que uma história exibida em 1990 fosse emplacar assim numa reprise. Isso foi ruim. Nossos números de audiência são muito bons (chegam a ultrapassar 18 pontos em alguns dias), mas seriam bem melhores se isso não tivesse acontecido. A gente roubava mais pontos da soma de todas as outras emissoras do que da Globo. Pantanal fez isso se diluir um pouco.
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Você lembrou de alguns trabalhos na Globo, mas desde 2004 você não trabalha lá. Aconteceu alguma coisa para que aceitasse um contrato longo com a Record?
Nada demais. Apenas estava sem contrato desde 2001, quando venceu meu último e eles não renovaram e depois, em 2004, me chamaram, eu assinei por obra para fazer Da Cor do Pecado. Depois também não rolaram outros trabalhos. A gente tem de correr atrás de quem dá oportunidade.
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Você se sentiu desvalorizado lá?
Sinto que tem muita panela na Globo. São aqueles diretores de núcleo que trabalham com as esposas, os maridos, namoradas, namorados, seja lá o que for, e se você não tem um convívio social com essas pessoas, não está dentro daquilo. Me senti meio excluído porque não faço média com ninguém. Trabalhei muito com a Denise Saraceni, que sempre gostou do meu trabalho. Sei que ela gosta de mim. Mas isso não significava que ela me chamaria para todos os trabalhos. Trabalhei também com o Luís Fernando Carvalho duas vezes, em Renascer e O Rei do Gado. Depois, por eu ter negado Os Maias, nunca mais fui chamado por ele. Jamais fiz algo com o Wolf (Maya), com o Jorginho (Fernando), o Jayme (Monjardim), o Dennis (Carvalho), são pessoas que não me chamam para atuar.
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Você sabe por que eles nunca chamaram?
Não sei se não gostam do meu trabalho ou se têm outros motivos. Mas não me chamam. As pessoas com quem eu trabalhei foram o Marcos Paulo e o Roberto Naar, a Denise Saraceni e o Luís Fernando Carvalho. Não quero ter de fazer parte de nenhuma panela para trabalhar. Quero que me chamem pelo que faço. Não quero ter de jantar com as pessoas para trabalhar.
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Chamas da Vida - Record - Segunda a sábado, às 22h.
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Vocação antiga
Desde pequeno, Leonardo Brício dava sinais de que seguiria a carreira artística. Na adolescência, chegou a "dirigir" os coleguinhas do condomínio em alguns espetáculos amadores para exibição aos próprios moradores. Mas, na hora do vestibular, optou pelo curso de Artes Plásticas na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Cursou até o sétimo período, mas largou tudo para estudar Teatro no Tablado, no Rio. "Foi a melhor decisão que já tomei", valoriza.
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A estréia profissional aconteceu logo depois, na peça Quatro Meninas, no fim da década de 80. Na tevê, a primeira aparição foi em Tieta, no primeiro capítulo, mas o rapaz não conta.
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"Eu nem tinha fala", minimiza. Em 1991, o ator assinou contrato com a Manchete e participou de três minisséries, entre elas O Guarani, que protagonizou ao lado da atual apresentadora Angélica. Já no ano seguinte estreou na Globo, na primeira fase de Renascer. Com a boa repercussão do trabalho, recebeu uma proposta do SBT para integrar o elenco de Éramos Seis. "Vou onde houver trabalho", defende.
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De lá, voltou para a Globo, onde ficou contratado até 2001. Sem a renovação da emissora, Leonardo ainda integrou o elenco de Da Cor do Pecado, em 2004, mas logo em 2006 assinou com a Record e, na renovação, fechou com a emissora até 2010. Agora, o ator não tem certeza se, ao término, decidirá continuar o vínculo com a emissora. "Adoro trabalhar aqui, mas prende muito. A gente faz uma novela atrás da outra e eu preciso de me dedicar a outros projetos", justifica ele.
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Agenda cheia
Além de gravar Chamas da Vida, um outro projeto toma o tempo de Leonardo Brício. O ator está adaptando Os Miseráveis, do francês Victor Hugo, para uma peça que pretende montar com seus alunos em abril. Ele ainda é o responsável pela produção, direção e divide a iluminação da peça.
"Só não estou envolvido com o figurino", brinca. O ator é professor regular da escola Tablado, no Rio de Janeiro, há quatro anos, mas há 20 trabalha no espaço. "Fui assistente de vários professores, até que pedi uma turma", explica.
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Trajetória televisiva
Tieta (Globo, 1989) ¿ Amintas (1ª fase).
Na Rede de Intrigas (Manchete, 1991) ¿ Tonho.
Filhos do Sol (Manchete, 1991) ¿ Hiran.
O Guarani (Manchete, 1991) ¿ Peri.
Renascer (Globo, 1993) ¿ Deocleciano (1ª fase).
Éramos Seis (SBT, 1994) ¿ Julinho.
O Rei do Gado (Globo, 1996) ¿ Enrico Mezenga.
A Justiceira (Globo, 1997) ¿ Beto.
Anjo Mau (Globo, 1997) ¿ Ricardo Medeiros.
Meu Bem Querer (Globo, 1998) ¿ Juliano.
A Muralha (Globo, 2000) ¿ Tiago Olinto.
Porto dos Milagres (Globo, 2001) ¿ Alexandre.
Sítio do Picapau Amarelo (Globo, 2002) ¿ Belerofonte.
Da Cor do Pecado (Globo, 2004) ¿ Ulisses Sardinha.
Cidadão Brasileiro (Record, 2006) ¿ Celso.
Luz do Sol (Record, 2007) ¿ Agenor.
Chamas da Vida (Record, 2008) ¿ Pedro.
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Imagem: TERRA / Fonte: TERRA

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